quarta-feira, 8 de agosto de 2012

As aldeias


Ontem, juntamente com a irma Enedir, visitei vários lugares nos arredores da capital. Fomos a algumas aldeias muito pobres. 

Chamaram-me a atenção a quantidade de cabritos na beira da estrada e as queimadas ao longo do caminho. Também percebi muitas praças onde centenas de mamãs oferecem seus produtos. Assim que o ônibus passa, elas correm até as janelas gritando suas ladainhas vendedoras. São inúmeros produtos locais que elas carregam dentro de bacias e sacolas no alto da cabeça; saem correndo e fazendo alarido para tentar vender.

Há muitas aldeias no percurso, com pequenas casas, feitas rusticamente. Em muitas localidades ainda não há escolas, água e energia. Há lugares onde se vê muitas plantações, e há trechos desérticos. A limpeza das terras é feita através de queimadas e isso se estende a um grande território.

Vi mulheres com semblantes cansados e crianças com doces olhares, expondo seus dentes branquíssimos; convidando a alma da gente a também sorrir em meio a tanto sofrimento.

Aldeia angolana

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