quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Mil e uma


Estou aqui do outro do Atlântico lembrando de um comercial de esponja de aço; aquele das mil e uma utilidades. Bem, dei-me conta de que o pano – isso mesmo, um pedaço de tecido grande - aqui em Angola merece este slogan. Explico-me.

Nesta viagem a Kuito (que expliquei no post de segunda-feira) senti muita falta de um pano. O ônibus em que viajei não tinha banheiro e as pessoas precisavam parar e fazer suas necessidades no caminho, nos matos... A certa altura paramos em uma praça onde acontece uma espécie de feira, com pessoas comprando e vendendo de tudo um pouco. Eu precisava ir ao banheiro, pois como fazia calor tomei muita água. Para minha surpresa não tinha nenhum toalete. Deparei-me com uma cena inusitada: as mulheres ficam uma em frente à outra com o pano das mil e uma utilidades; enquanto uma faz o seu xixi outra faz “cortininha”. Eu no consegui. Não tinha um pano. Quando cheguei ao meu destino estava cega de vontade de correr para o banheiro, e assim foi.

Bem, de hoje em diante levo o meu pano por onde for. Para a volta, já providenciei dois, embora eu espere não precisar deles. Para finalizar com um lugar comum: melhor prevenir do que remediar.

quem tem pano tem tudo!

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